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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Mulher chata

Depois que a gente casa, fica meio chata. Pelo menos em algumas coisas.

E como é que conseguimos ficar tão parecidas com nossas mães? Dojeito de arrumar a casa, ou de sempre querer que a louça esteja limpa, de não gostar de nada jogado no meio da sala. Chata, sim! Mas com razão em muitas vezes.

Meu irmão, que casou uns meses antes que eu, continua animado como sempre. Pra ele a chatice não chegou. Mas ele deixa muitas vezes em evidência que a minha chegou, mas que não é bem assim. "Você é nova ainda, não pode dizer que está ficando velha", pelo menos é o que ele diz.

Velha? Pra algumas coisas a gente não cresce mesmo. Quando vejo um aparato de colocar no cabelo cheio de fru-fru e me sinto impulsionada a comprar, me sinto uma criança. Mas em momentos de cossegas, me sinto velha.

Esta transição de vida faz loucuras com a minha pessoa. Há 8 meses atrás não me preocupava com a previsão do tempo pra saber se dava pra lavar a roupa e ela iria secar. A preocupação era apenas pra saber se levava a sombrinha ou se sairia de bota ou chinelinho. Há 8 meses atrás preocupação do tipo: O que fazer para o almoço, que carne descongelar, nem passava pela minha cabeça. Nem imaginava o quanto é ruim quando alguém pisa no chão limpinho com o pé sujo e nem com o jeito de guardar as roupas.

Velha e chata, não sei. As mudanças são reais, são virtudes para a maturidade, é a personalidade de mulher que vai se formando. E a de menina sem preocupações que vai se indo embora.

E viva as mulheres! Chatas, ás vezes...

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